As Primaveras são plantas da América Central e do Sul, principalmente do Brasil. Foram descritas por botânicos europeus que aqui visitavam no século XVIII, e se tornaram plantas ornamentais muito apreciadas no mundo todo.
Geralmente são trepadeiras muito vigorosas mas podem ser também arbustos ou pendentes.
As primaveras variegadas, cientificamente
Bougainvillea spp. f. variegata, são resultados de seleções de mutações genéticas e cruzamentos feitos por melhoristas em todo o mundo. São chamadas variegadas por terem nas mesmas folhas tecidos verdes e brancos ou claros, em padrões aleatórios ou variegados.
São plantas predominantemente arbustivas ou pendentes, não possuindo o vigor das variedades de folhas totalmente verdes, que por sua vez são predominante trepadeiras muito vigorosas.
As flores da primavera são na verdade muito pequenas, branco-amareladas, e se agrupam em número de 3, circundadas por brácteas grandes, vistosas e coloridas, que são
o verdadeiro atrativo destas plantas, e que chamamos de flores. O que vemos, portanto, como flores, são estas brácteas ou folhas modificadas, que circundam pequenas inflorescências com 3 flores cada ao centro. Por isso, estas plantas são também conhecidas como Três Marias.
Estas brácteas é que possuem as cores que nos interessam ao escolher nossas plantas ornamentais. Na natureza servem para atrair os insetos polinizadores.
As cores disponíveis atualmente vão do branco ao vermelho intenso, passando pela cor laranja, lilás claro, lilás intenso, ou vermelho natural.
As primaveras variegadas podem ser mantidas em vasos ou cuias, como plantas normais ou pendentes, ou podem também ser plantadas no jardim. Requerem boa iluminação, com pelo menso 6 horas de sol por dia. Podem, no entanto, passar algumas horas por dia, ou alguns dias em ambientes internos quando contribuem sobremaneira para a ornamentação desejada.
Precisam ser irrigadas sempre que o substrato ou solo apresentar a camada superficial seca. Em ambientes externos, em épocas de chuva na maior parte do Brasil, não precisam de irrigações adicionais. A irrigação deve ser suficiente para umedecer todo o vaso ou a camada seca de solo superficial, mas não deve ser exagerada, encharcando o substrato ou solo.
A adubação pode ser orgânica, com estercos ou compostos bem curtidos na dose proporcional ao tamanho das plantas, considerando-se 50 g a cada 50 cm de altura, a cada 30 dias no verão ou 60 dias no inverno. Pode também ser mineral, aplicando-se os mesmos adubos de roseiras, facilmente encontrados, nas doses de uma colher de sopa rasa para cada 50 cm de altura das plantas, nos mesmos intervalos. Estes adubos devem ser bem distribuídos ao redor da planta e distantes pelo menos 5 cm do caule principal. As plantas devem ser irrigadas por alguns dias seguidos depois das adubações.
As principais pragas que podem atacar as primaveras são os pulgões e as cochonilhas. A primeira coisa que se observa são áreas molhadas com a exsudação açucarada destes insetos, que prontamente atraem as formigas doceiras e também fungos escuros conhecidos como fumagina. O ideal é deixar estas plantas mais tempo no ambiente externo, onde inimigos naturais podem controlar as pragas, e controlar as formigas eliminando seus formigueiros. As formigas protegem as pragas, sendo na verdade verdadeiras pastoras de pulgões e cochonilhas, dos quais colhe o açúcar exsudado. Eliminando-se as formigas, os inimigos naturais, insetos predadores, tem acesso mais fácil às pragas e fazem o seu controle.
As primaveras variegadas toleram muito bem a poda, que pode ser usada sempre que necessário para eliminar ramos indesejáveis ou controlar o tamanho das plantas.
As primaveras são plantas tropicais mas toleram climas subtropicais. Por outro lado, não se adaptam a climas temperados. Resistem apenas a geadas muito leves, de rápida duração.
Nossas Primaveras Variegadas são cultivadas em vasos
n. 20. São fornecidas em caixas com 4 unidades cada, 3 caixas por camada (12 plantas), 3 camadas por carrinho (36 plantas).
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